Esperança – Um estado de ânimo que aguarda com confiança a realização daquilo que se deseja. A palavra de origem latina, sperantia, deriva de sperare, que vem de Spes, na mitologia a deusa esperança que permanece na terra a consolar os homens enquanto todos os outros deuses tinham se dirigido ao Olimpo. A esperança, assim como o amor nunca falha, se pode esperar até o final.
Dos mitos às religiões, dos filósofos aos psicólogos, a esperança sempre foi objeto de estudo. Seja um fenômeno positivo, uma característica do indivíduo, um estado de consciência, um poder interior, uma energia, uma força dinâmica da vida, um estado motivacional, seja possível contá-la ou não entre as emoções, para todos aqueles que refletem sobre ela, um fato é evidente: a esperança é um componente fundamental de uma motivação para o sucesso nos processos de mudança.
E é por isso que estamos passando agora, por um processo de mudança. Não fácil de aceitar, difícil de colher e acolher o significado do período, mas é real, disponível e compartilhado com todos, ninguém pode dizer que este processo de mudança não o afetou.
Refletir sobre isso nos ajuda a entender sobre a nossa vital participação neste processo, fazer as contas com a nossa realidade e nos ajudar a encarar as coisas sob uma perspectiva positiva.
A esperança não é um processo individual, mas mais do que nunca agora é um processo comunitário. E visto que é comunitário, estão em jogo as nossas relações, as pessoas que frequentamos, os salões ou salas virtuais que costumamos visitar.
Procurar a esperança e se interessar por ela, não é otimismo a bom mercado, colocado em oferta, mas simplesmente a constatação do fato histórico e da natureza humana que sem esperança afogamos no mar do desespero e isso não ajuda.
Ao invés de fazermos as contas com o saldo das impossibilidades que estão ao nosso redor, focalizar na multiplicação de boas ações e pensamentos, com as pessoas que fazem parte da nossa realidade, pode ajudar a melhorar o saldo positivo na conta dos nossos sentimentos e isso se refletirá fortemente na nossa realidade.
Nós precisamos de esperança, e tal não deve ser depositada cegamente em outras pessoas, mas em primeiro lugar, para quem frequenta ou professa uma fé em Deus, ou em uma Força Superior que coordena este Universo infinito, em segundo é necessário agir consequentemente.
Mas que categoria de ação podemos executar? A primeira de tudo é que a esperança é um exercício revolucionário e como qualquer outra coisa revolucionaria deve ser construída.
Como podemos, por assim dizer, construir a esperança? Talvez quando não nos contentamos da nossa situação e nos esforçamos diligentemente em muda-la. Quando não deixamos que experiencias negativas terminem os nossos sonhos. Toda vez que decidimos não nos concentrar nos maus exemplos que existem na sociedade em geral, mas ajustamos o nosso foco, as lentes dos nossos corações, para as pessoas que atuam hoje neste mundo com o objetivo de deixar uma herança melhor aos seus filhos. Construímos esperança toda vez que mesmo não tendo certeza se todos os esforços serão reconhecidos, fazemos o nosso melhor.
Como dizia Mahatma Gandhi: “Enche-te de esperança e vive á sua luz.” A esperança deve ser o farol que nos guia nesta noite escura.
Este artigo é resultado da parceria entre Dantonelli Consultoria – Brasil, com Eliandra Rocha de Ely Carter – Cartas e Contos – Itália – https://www.elycarter.com/blog.